Este é um espaço que nasce para comemorar os 15 anos da Giroletras, feira literária produzida pelos alunos da Escola Balão Vermelho. O objetivo é o encontro dos alunos e ex- alunos, autores e o público em geral com a literatura.

Aluna entrevista autora

Aluna entrevista autora
Alice Faria entrevista Paula Pimenta, autora de "Fazendo meu filme"

terça-feira, 18 de agosto de 2009

A arte da escrita

Eu escrevo quando sinto que devo e por ser um ato involuntário e incontrolável. Quando começo a escrever não paro, não me canso até conseguir concluir. Não uso máquina. Usaria o computador se o som das teclas não fosse duro, frio e irritante. Prefiro escrever à mão. Lápis e papel. E assim minhas palavras correm muitas vezes com pressa, mas incansavelmente. Tenho o costume de anotar frases de minha autoria ou não, pois muito mais do que escrevo, eu leio. E leio muito. Gosto de vários autores e anoto frases que me intrigam e me motivam. Motivação é o que me faz buscar, que desperta a minha curiosidade e me faz ir atrás das palavras e de todos os seus significados. Busco palavras. Ás vezes, ao descobrir novas palavras, consigo entender e explicar melhor os meus sentimentos. É difícil transformar sentimentos, “coisas” em palavras. As palavras são o mais prático meio de comunicação do mundo. Elas nos elevam, colocando-nos em um nível mais alto de compreensão; são elas que nos provocam e nos fazem sentir. Por isso, é realmente encantadora a arte de combiná-las...

Fernanda Vidigal
Aluna da 8ª série.

Sarau Literário

A cada 15 dias as tardes de quinta-feira da Escola Balão Vermelho serão Literárias. As crianças de 9 e 10 anos fazem um Sarau Literário.

As turmas das professoras Juliana Franca , Fernanda e Cínthia apresentam crônicas, poemas e poesias.
O objetivo do projeto é que os alunos vivenciem os vários textos literários; através da reflexão e apreciação.

Convidamos alunos e professores para assistirem nossas apresentações e degustar um pouco do que promete ser a Giroletras!

terça-feira, 11 de agosto de 2009

A magia dos reencontros e encontros nos quinze anos da Giroletras.

Quinze anos de Giroletras! É hora de refletir: o que será que este tempo nos revela?! Não consigo pensar sobre isso sem me colocar no papel de aprendiz e fazer o exercício de me olhar de fora, como se tivesse passando as páginas de um álbum de fotografias e revendo o meu percurso. Ofereço aqui, neste espaço, o meu testemunho como professora do Balão Vermelho, imersa nesse projeto desde o seu nascimento. É provável que seja o depoimento de alguém que ainda se confunde, ora como leitora em formação, ora como formadora de leitores.
Desde que entrei para esta escola percebi um “encontro” diferente entre os alunos e os livros. Algo que nunca havia vivenciado, nem como estudante e nem como professora, mas que sempre desejei intimamente pelo meu fascínio pela literatura. Falava–se de livros. Comentava-se as histórias. Havia emoção, naturalidade. Os alunos trocavam idéias, opiniões, indicações... compartilhavam! Com certeza, o meu despertar literário aconteceu num espaço onde a literatura ocupa um lugar central e prioritário no currículo. Que sorte a minha! Foi e é realmente prazeroso trabalhar numa perspectiva em que se privilegia a troca de experiências, a explicitação de sentimentos e diferenças. Vejo que se cumpre a verdadeira finalidade escolar quando a literatura é tratada como algo essencial na formação do sujeito, no despertar e no discernir de cada um. As histórias que nos habitam, inspiradas pela visão de mundo dos autores, retratam traços e passos de momentos de nossas vidas que contam um pouco de cada um de nós. Quanto já me emocionei e vi muitos alunos se emocionarem pela e com a literatura.

Trabalhar com literatura é fácil, mas ensinar a amá-la é que é o nosso desafio. Por isso, precisamos agir no sentido de sermos leitores de verdade, de nos mostrar para nossos alunos. É essencial que as crianças conheçam nossos gostos e conhecimentos literários, que saibam o valor que a literatura cumpre em nossas vidas. Cabe a nós, professores, cuidarmos da nossa “nutrição literária” , para depois cuidarmos da “nutrição” dos nossos alunos; é um movimento que deve ser contagiante.
E o fio inicial dessa belíssima jornada literária, chamada Giroletras, passa pela nossa crença; a crença de profissionais que dão à literatura a importância e o valor que lhe são inerentes. A Giroletras é um tipo de celebração de algo que é nosso por direito — a literatura como objeto sócio – cultural, tratada como arte, arte da palavra, que é o que a define na sua essência. Trabalhamos com livros e leitores. E usufruimos, todos, das vozes de nossos alunos, a serviço da comunidade, para falarem com muita competência e desembaraço de suas preferências, de seus desentendimentos, de suas experiências literárias. Já vivenciamos momentos preciosos, que nos traduziram o quanto estávamos dando conta de ajudá-los a degustar os sabores de um livro, a conduzi-los pelo mundo da leitura, e a levá-los a uma explicitação de prazeres e de consciência crítica. Quantos saraus, quantas encenações... quanta leitura!

Portanto, meus alunos e ex-alunos, vamos celebrar juntos, mais uma vez, os 15 anos da Giroletras, porque, afinal, aniversariar a literatura é uma amostra de oportunidades que temos o privilégio de participar, de encontrar e reencontrar!

Cláudia Barbosa Siqueira
Professora da Escola Balão Vermelho

Teatro

Teatro
Alunos encenam" Romeu e Julieta", de Shakeaspeare, na Giroletras 2008

Iêda Brito e recreacionista Felipe

REENCONTROS NA 15ª GIROLETRAS

Convidamos os ex-alunos da Escola Balão Vermelho para participarem do blog que comemora os 15 anos da Giroletras.

Deixe sua mensagem nos contando por onde anda, o que está lendo, as suas recordações do Balão e da Giroletras...

Teremos o maior prazer de reencontrar com todos vocês.